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Farmacologia na Biomedicina: o que é, para que serve

Escrito por Eniac | May 9, 2023 3:00:00 AM

A evolução dos medicamentos ao longo do tempo tem sido impressionante, desde o uso de plantas medicinais e outras substâncias naturais até a produção em massa de medicamentos sintéticos altamente avançados.

Na antiguidade, as pessoas utilizavam principalmente plantas medicinais para tratar doenças e aliviar sintomas. Por exemplo, a aspirina, uma das drogas mais comuns e populares hoje em dia, foi originalmente derivada da casca do salgueiro, que foi usada durante séculos para aliviar a dor e a febre.

Os avanços tecnológicos ao longo dos anos colaboraram com a indústria farmacêutica e a produção de fármacos mais seguros e benéficos. Os profissionais que são capazes de confeccionar os medicamentos, dentre eles os biomédicos, estão sempre atualizando as técnicas e os conhecimentos.

O que é Farmacologia na Biomedicina?

A farmacologia na biomedicina estuda os efeitos das drogas no corpo humano e nos processos fisiológicos. É uma área importante que investiga como os medicamentos afetam as células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo, bem como como o corpo processa e elimina as drogas.

Essa correlação é fundamental para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos. Os pesquisadores da área estudam as propriedades dos medicamentos, incluindo sua absorção, distribuição, metabolismo e excreção no corpo. Eles também investigam como as drogas afetam os processos bioquímicos e moleculares nas células.

Ademais, a farmacologia na biomedicina é importante para entender como diferentes indivíduos podem responder aos medicamentos de forma diferente. Os pesquisadores estudam como os genes individuais afetam a resposta a medicamentos, bem como as diferenças entre os pacientes em termos de idade, sexo, estado de saúde e outros fatores.

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Utilidade da Farmacologia na Biomedicina

A farmacologia, tanto em si, quanto na área da biomedicina, estuda como os medicamentos interagem com o corpo humano. Ela é muito importante para a descoberta de novos medicamentos, pois ajuda a identificar alvos terapêuticos para tratar doenças e desenvolver novas terapias para abordar esses alvos.

Essa ciência também é usada para testar a segurança e a eficácia dos medicamentos antes de serem aprovados para uso clínico. Ela ajuda a monitorar os efeitos colaterais dos medicamentos e determinar a dosagem segura para uso humano.

Outra função designada a essa área é personalizar os tratamentos para cada paciente, levando em consideração as diferenças individuais em termos de idade, sexo, estado de saúde e outros fatores. A farmacologia também é usada para desenvolver terapias específicas para doenças, como o câncer, doenças cardíacas e doenças neurológicas.

Como um biomédico se torna um farmacologista?

Para que o biomédico possa atua nessa área é necessário fazer uma especialização ou pós-graduação que seja reconhecida pelo MEC em Farmacologia. 

Vale ressaltar que a habilitação em Farmacologia não torna o biomédico apto a trabalhar em farmácias e nem assinar por controle e dispensa de medicamentos. Estas funções são exclusivas do profissional graduado em Farmácia.

Área de atuação do biomédico farmacêutico

O biomédico é um profissional muito versátil. Dentro da área de farmacologia, essa característica se repete. Dentre os principais ramos de atuação nessa área destacam-se:

Pesquisa e desenvolvimento dos medicamentos

Uma das atividades mais importantes que o biomédico realiza é a identificação de alvos terapêuticos. Alvos terapêuticos são proteínas ou outros alvos moleculares envolvidos em doenças específicas que podem ser utilizados como alvos para o desenvolvimento de novos medicamentos. O biomédico utiliza suas habilidades em biologia molecular e celular para estudar a função e a interação desses alvos com outras moléculas, a fim de identificar novos alvos para o desenvolvimento de medicamentos.

Além disso, ele pode contribuir com a descoberta de novas moléculas para o desenvolvimento de medicamentos. Essa atividade envolve a síntese de novas moléculas e a avaliação da atividade biológica dessas moléculas em modelos experimentais. 

Farmacovigilância

A farmacovigilância é uma área importante na indústria farmacêutica, que tem como objetivo monitorar e avaliar a segurança dos medicamentos após a sua comercialização. O biomédico pode atuar na área de farmacovigilância em diversas atividades, dentre elas a identificação e registro de reações adversas aos medicamentos. 

Ele utiliza suas habilidades em farmacologia e toxicologia para avaliar a relação entre a administração do medicamento e a ocorrência de reações adversas. Essa atividade é importante para monitorar a segurança dos medicamentos após a sua comercialização e para identificar possíveis problemas de segurança.

Produção e controle de qualidade dos medicamentos

O biomédico pode atuar na área de produção e controle de qualidade de medicamentos em diversas atividades. Dentre essas está a garantia da qualidade dos medicamentos, por meio da realização de análises de controle de qualidade, que garantem que os medicamentos produzidos atendam aos padrões de qualidade exigidos pelas agências regulatórias.

Além disso, o biomédico pode atuar na validação dos processos de produção, ou seja, na verificação da adequação dos processos de produção de medicamentos, a fim de garantir a segurança e eficácia dos produtos.

Futuro da farmacologia na biomedicina

O futuro da farmacologia na biomedicina é bastante promissor, pois é uma área que está em constante evolução. A tendência é que novas técnicas e tecnologias sejam desenvolvidas para a descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos, assim como para aprimorar a eficácia e segurança dos medicamentos já existentes.

Uma das áreas que deve receber maior atenção é a farmacogenética, que estuda como as variações genéticas individuais afetam a resposta dos pacientes aos medicamentos. Com o avanço das técnicas de sequenciamento genético, a farmacogenética tende a se tornar cada vez mais importante na escolha dos medicamentos mais adequados para cada paciente.

Além disso, a inteligência artificial e a análise de big data também devem ser cada vez mais utilizadas na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, permitindo que sejam identificadas novas moléculas e alvos terapêuticos com maior rapidez e eficiência.

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