Dominar a prova de português do Enem é crucial para garantir uma boa pontuação no exame. Composta por questões que avaliam desde a interpretação textual até o conhecimento gramatical, a prova exige uma leitura atenta e um amplo entendimento dos diversos usos da língua. Para alcançar um desempenho máximo, é essencial focar nos tópicos mais recorrentes, como a análise de textos e a interpretação de variados gêneros, assim como o estudo aprofundado da gramática e da estrutura da língua portuguesa.
Análise de textos e interpretação constituem uma significativa parcela das questões de português no Enem. Os estudantes enfrentam uma diversidade de gêneros textuais, desde crônicas e contos, passando por poéticas, artigos de opinião e textos jornalísticos. A habilidade de identificar, interpretar e analisar as informações apresentadas é crucial para um bom desempenho.
Compreender a ideia central do texto, discernir o propósito do autor e identificar possíveis implícitos são alguns dos aspectos fundamentais exigidos nas questões. Frequentemente, os examinadores utilizam perguntas que demandam a utilização de estratégias de leitura crítica, incentivando o aluno a ler além do literal.
Para maximizar seu desempenho na interpretação de textos, algumas técnicas podem ser úteis:
A concordância verbal e nominal é um tema recorrente no Enem. Esse tópico exige que o estudante compreenda a relação entre os elementos da frase, garantindo que verbos, adjetivos e pronomes estejam corretamente alinhados com os substantivos a que se referem. Por exemplo, na frase "Os alunos dedicados estudam", o verbo "estudam" concorda com o sujeito "alunos", que está no plural. Já na frase "As frutas maduras caem", o adjetivo "maduras" concorda com "frutas", também no plural.
Outro ponto crucial na gramática do Enem é a regência verbal e nominal. A regência diz respeito às preposições exigidas por verbos e nomes para que a relação entre eles seja coerente. Um exemplo clássico de regência verbal encontra-se no verbo "assistir", que pede a preposição "a" quando no sentido de "ver" ("Assisto à televisão"). Já a regência nominal aparece em frases como "Ele tem aversão a lugares fechados", onde "aversão" exige a preposição "a".
A crase ainda é um aspecto que gera muitas dúvidas entre os estudantes, e por isso é frequentemente abordada nas provas. A crase ocorre na fusão de "a" com "a" (artigo e preposição), como em "Vou à escola". No entanto, não se usa crase antes de palavras masculinas (Ele foi a pé) e pronomes (Entregou a carta a ela). Um bom exercício para identificar a presença da crase é substituir o substantivo feminino por um masculino (Vou ao mercado). Se houver a contração "ao", haverá crase no feminino ("Vou à escola").
Pontuação é outro pilar da gramática abordado no Enem. Saber usar vírgulas, pontos e vírgulas, dois-pontos, travessões e parênteses corretamente é essencial para a clareza e a coesão textual. A vírgula, por exemplo, é utilizada para separar itens em uma lista (Comprei arroz, feijão, batata e carne), e também para isolar expressões explicativas (Os alunos, atentos, realizaram a prova). Já o ponto e vírgula é utilizado para separar orações independentes que guardam uma relação entre si (Estudei muito para o Enem; quero garantir uma boa nota).
A colocação pronominal determina a posição dos pronomes oblíquos átonos em relação ao verbo. Esse tema requer mais atenção por parte dos estudantes uma vez que sua regra se altera em diversas situações. Em geral, a próclise ocorre quando há palavras atrativas antes do verbo, como advérbios e pronomes relativos (Não me diga!). Já a ênclise é utilizada quando o verbo está no início da frase ou no infinitivo impessoal (Diga-me a verdade). A mesóclise, por sua vez, é uma forma raramente utilizada no dia a dia, mas cai em textos de linguagem formal, especialmente no futuro do presente ou do pretérito (Dir-se-ia a verdade).
As figuras de linguagem não poderiam faltar no Enem, especialmente as que aparecem frequentemente em análises textuais e questões interpretativas. Metáfora, metonímia, antítese, eufemismo e hipérbole são exemplos dessas figuras. A metáfora, por exemplo, é uma comparação implícita, como em "Aquele rapaz é um leão". A hipérbole exagera intencionalmente as características de algo para expressar intensidade, como em "Estou morrendo de sede".
Dominar as vozes verbais é essencial, pois se trata da forma como o verbo se relaciona com o sujeito da ação. Há três vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva. Na voz ativa, o sujeito pratica a ação (O professor corrigiu a prova). Já na voz passiva, o sujeito sofre a ação (A prova foi corrigida pelo professor). Na voz reflexiva, o sujeito pratica e sofre a ação simultaneamente (O aluno se feriu).
Compreender estes conceitos e práticas fornece uma base sólida para os alunos dominarem a gramática e estrutura da língua portuguesa, elementos fundamentais não apenas para o Enem, mas para uma comunicação precisa e eficaz em qualquer contexto.
Portanto, para maximizar o desempenho na prova de português do Enem, é vital equilibrar o estudo entre a análise aprofundada de textos e a prática de questões gramaticais. Com uma rotina de estudos bem estruturada e dedicada, os estudantes poderão conquistar resultados expressivos, aproximando-se cada vez mais de suas metas acadêmicas.