É um grande desafio conciliar a vida de atleta e a rotina de estudante, simultaneamente, isto porque ambas as áreas demandam esforço e horas de dedicação.
Entretanto, apesar das dificuldades de alcançar o equilíbrio entre o atletismo e a vida acadêmica, recentemente, vimos, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, que é possível obter de forma satisfatória essa harmonia.
A trajetória dos atletas da seleção olímpica brasileira é um grande exemplo da relação atletismo x estudos, e demonstram que o bons resultados podem ser atingidos nas duas esferas, a exemplo, das atletas Rayssa Leal e Rebeca Andrade.
As jovens atletas se destacaram em seus resultados nas olimpíadas de Paris 2024, garantindo a tão sonhada medalha de ouro ao Brasil, através da ginasta Rebeca Andrade, e a medalha de bronze, no Skate Street, através da atleta Rayssa Leal.
Rayssa Leal, com apenas 16 anos, cursa o 2° ano do ensino médio, em uma escola localizada na sua cidade natal, Imperatriz, no Maranhão, a qual oferece todo o apoio e incentivo necessário para oportunizar a jovem skatista a fazer história como atleta olímpica.
Enquanto, a ginasta Rebeca Andrade, com 25 anos, concilia os seus treinos, à graduação em psicologia, que vêm cursando de forma presencial, no período noturno, posteriormente, aos seus horários dos seus exercícios para as competições.
Assim, além do talento e dedicação para garantir o equilíbrio entre a vida acadêmica e a rotina de treinos, os atletas que vivem essa realidade, devem contar com estratégias para o gerenciamento do seu tempo.
O apoio das instituições de ensino, e o apoio familiar, também se tornam essenciais nessa jornada árdua entre os estudos e a prática dos esportes.
A disciplina é fundamental para o atleta que concilia treinos, campeonatos e estudos, obtenha sucesso em ambas as áreas, sendo necessário traçar algumas estratégias para lidar com esse grande desafio.
Em relação à organização do tempo, o atleta deve ter um planejamento bem detalhado, isto porque algumas horas do seu dia serão dedicadas aos treinos práticos e de preparo físico.
Enquanto outras deverão ser direcionadas aos livros, bem ainda deverão ser reservadas horas para lazer, e também para o sono.
Assim, é necessário priorizar as tarefas mais importantes em ambas as áreas, para se desenvolver rotinas mais eficientes ao atleta, utilizando o tempo da forma mais inteligente possível, garantindo uma sensação de maximização de tempo, e diminuindo a sensação de sobrecarga.
Além da organização do tempo do atleta para se dedicar aos estudos e aos treinos, contar com o apoio da instituição em que estuda é fundamental.
Dessa forma, o diálogo entre os professores e coordenadores institucionais, são indispensáveis, os quais ao conhecerem as responsabilidades atléticas do aluno, poderão ofertar recursos para o seu desempenho tanto acadêmico, quanto atlético.
Algumas escolas e universidades, possuem políticas e recursos para os estudantes que conciliam a vida acadêmica, com o atletismo, como extensões de prazos, quando estiverem ocorrendo campeonatos.
E até mesmo acesso a tutores, para facilitar o ensino, no horário em que o atleta estiver disponível.
Em razão da sobrecarga que o estudante/atleta enfrenta, é necessário sempre priorizar o autocuidado, cuidando não somente da saúde física, como também da mental, para manter o bom desempenho em ambas as áreas.
Por fim, é necessário que o atleta/estudante esteja sempre apto às mudanças para buscar o equilíbrio em suas áreas, revisando periodicamente sua rotina e fazendo os ajustes que o façam atingir melhores resultados, resguardando sua saúde física e emocional.
Para aqueles que desejam conciliar os estudos e os esportes, as bolsas de estudos públicas e privadas servem como um ótimo apoio aos estudantes/atletas que buscam se destacar nas duas áreas.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB), oferece a atletas que competem em eventos internacionais, como as Olimpíadas realizadas em Paris, no corrente ano, bolsas para ajudar no equilíbrio das atividades esportivas e escolares.
A assistência oferecida pelo COB, podem ser efetivadas de forma financeira direta, como também através de suporte acadêmico, e com materiais de treinamento e preparação.
Além das bolsas públicas, existem bolsas ofertadas por universidades privadas, as quais possuem fundos e programas de apoio esportivos, e oferecem aos atletas que se destacam em competições, apoio financeiro e estudantil, a fim de trazer visibilidade à instituição.
Para concorrer às bolsas de estudos públicas e privadas, o atleta deve preencher alguns requisitos ligados tanto ao seu desempenho no esporte, acadêmico, como também a sua situação financeira.
Assim, caso deseje aplicar sua candidatura às bolsas ofertadas pelas instituições públicas aos atletas, como por exemplo, a Universidade de São Paulo (USP), Universidade do Rio de Janeiro, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e outras.
Ou se desejar aplicar a candidatura às instituições privadas que ofertam auxílio aos atletas, à exemplo, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Universidade Anhembi Morumbi, e outras.
Em ambas, os atletas/estudantes, devem verificar com antecedência as instituições que ofertam a bolsa desejada e os seus requisitos específicos, se atentando ainda aos prazos de inscrição e documentos estabelecidos nos editais na hora de aplicar sua candidatura.
No mais, o atleta deve sempre manter seu bom desempenho acadêmico, pois além das conquistas atléticas, um fator exigido nas disponibilização de bolsas é a boa performance do atleta, também nos estudos.
Assim, conclui-se que o equilíbrio entre estudos e atletismo é fundamental para o sucesso de jovens atletas, especialmente em um evento grandioso como os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Para muitos desses jovens, a jornada não se resume apenas ao desempenho nas arenas esportivas, mas também ao desafio de conciliar a vida acadêmica com os treinos intensivos e as competições de alto nível.
Paris 2024 simboliza um marco na carreira de muitos atletas, onde o esforço físico é apenas uma parte da equação. A outra parte, igualmente importante, é a capacidade de manter o foco nos estudos, garantindo um futuro sólido, tanto dentro quanto fora do esporte.
Essa dualidade exige uma disciplina rigorosa e habilidades excepcionais de gerenciamento de tempo.
A rotina de um estudante/atleta é repleta de desafios. Acordar cedo para treinos matinais, assistir às aulas, participar de competições e ainda encontrar tempo para estudar são apenas algumas das responsabilidades que esses jovens enfrentam diariamente.
No entanto, o que os distingue é a capacidade de transformar essas dificuldades em oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
O apoio de instituições educacionais que compreendem as necessidades desses atletas é crucial. Muitas vezes, programas personalizados, flexibilidade nos prazos e suporte psicológico fazem a diferença para que esses jovens possam alcançar o equilíbrio necessário entre suas responsabilidades acadêmicas e esportivas.
Os Jogos Olímpicos realizados em Paris, neste ano, além de ter servido como uma vitrine para talentos esportivos, também ressalta a importância de uma formação acadêmica sólida.
Ao final, o sucesso desses jovens não será medido apenas pelas medalhas conquistadas, mas também pela capacidade de se tornarem indivíduos completos, preparados para enfrentar os desafios da vida com a mesma determinação que demonstram em suas práticas esportivas.
Portanto, o equilíbrio entre estudos e atletismo não é apenas uma chave para o sucesso, mas também uma lição valiosa de vida, mostrando que é possível alcançar grandes feitos em diversas esferas, desde que haja dedicação, organização e o apoio necessário para que cada atleta possa brilhar tanto no esporte quanto na vida acadêmica.